Tema: LE 667 a 673 = A Prece - Palestrante: Stella Maris
Reunião Pública Domingo – Dia 24/11/2019
Graças a Deus!
A que Deus estamos rendendo graças? Como se chama? Os nomes são necessários para indicar as individualidades dentro de um grupo.
O nosso Deus não precisa de nome porque é um só, é único. Desnecessário nomeá-lo. Basta chamá-lo por Deus. Só existe um!
Se só existe um, precisa reunir em si todas as perfeições de tudo que há de bom. E assim acontece. Sabemos que essa causa primária de todas as coisas, essa inteligência suprema de todas as coisas, precisa ser exatamente como é: perfeito.
Se é perfeito, desnecessárias as mudanças, é imutável. Se é perfeito, impossível melhorar.
E nós, que já entendemos essa descrição simples, mas abrangente, no Livro dos Espíritos, ainda temos dificuldade de entender que Deus não pensa, não sente, como nós.
Ainda fazemos coisas que faríamos para uma pessoa, para um Espírito e que são totalmente impróprias quando se trata de Deus.
Deus não é pessoa. Deus não é Espírito. O que Deus é, não sabemos. Sabemos o que ele não é.
Espírito ele não é, porque Espírito é mutante, é perfectível, e Deus não é isso. Mas, estamos rodeados de Espíritos perfectíveis.
Espíritos em muitos degraus evolutivos diferentes e conforme cada gosto ou necessidade nossa vamos pedir esse benefício a um Espírito diferente.
Se usarmos a palavra deuses para os Espíritos, estaremos acertando. Porque este tipo de agrado, de convencimento para conquista de favores é muito próprio da nossa raça, da nossa prática usual. Fazemos assim o tempo todo. Quase chantageamos para obter alguma resposta. E vamos tentando bajular os Deuses/Espíritos. Vamos tentando driblar as dificuldades materiais. Vamos tentando obter o melhor.
Meus irmãos, ocorre que Deus, inteligência suprema, onisciente, sabe disso tudo. Sabe que seria natural fazermos essa tentativa de aproximação ou de rebaixamento do único Deus para várias potências, e nos aguarda amadurecer, entender, que os que estão ao nosso redor são Espíritos como nós, com paixões como as nossas, com preferências como as nossas. São exatamente como nós. Aí sim, os pequenos agrados, favores, podem comover um ou outro Espírito, mas não aos superiores, aqueles que se distanciaram das coisas materiais.
Nós continuamos na tentativa de dobrar os Espíritos para que nos atendam através de oferendas. Muitos se comprazem, nesta retaguarda do conhecimento. Julgam estar protegidos de desavenças, desagrados. Na verdade, estão se comprometendo cada vez mais.
Outros começam a perceber que se os Espíritos são gente como a gente e existem pessoas muito espiritualizadas, que quando desencarnarem se tornarão Espíritos e não deuses.
Não devemos pedir a eles coisas e sim força moral, virtudes, que não temos, mas que seria um benefício ter. Isso podemos pedir: paciência, juízo, benevolência, boa vontade. Ânimo forte, saúde.
Há muitas coisas que podemos pedir sem necessidade de bajulação. Basta apresentarmos o nosso coração, sincero, aberto, puro. E teremos boas chances de ter a nossa petição acolhida.
Meus queridos amigos, julguem-se pelo que estão fazendo. Prestem atenção. Se outro tivesse esta postura, você o criticaria? E a partir daí, renove-se com um novo entendimento, de que Deus é bom, justo, misericordioso. Sempre.
Muita paz.