Tema: ESE cap. 8 : 11 a 17 = Escândalos - Palestrante: Thiago Brito
Reunião Pública de 5ª. feira – Dia 21/03/2019
Graças a Deus!
Queridos irmãos, seria muito bom olharmos no espelho e identificarmos na imagem refletida todos os pontos interiores que necessitam de algum retoque estético, como fazemos com o penteado e a maquiagem. Como não os vemos, acreditamos que não existam! Engano!
O nosso problema não é cortar o pé e a mão, arrancar o olho, se estão causando o nosso tormento. Compreendemos isso. O nosso problema é aceitar que temos um pé, uma mão e um olho que causam problemas.
Não conseguimos identificar em nós as falhas, nenhum erro sequer. Temos justificativa para tudo que fazemos. Não admitimos vícios, dependências, erros em nós.
Somente nos outros conseguimos enxergar isso. Em nós, temos atenuantes.
É preciso, algumas vezes, que a crítica venha. Nesse ponto, os inimigos cumprem uma função básica – apontar o dedo para o nosso erro.
Mas, não temos inimigos, se temos, nos afastamos deles. Cabe a cada um identificar onde pode e deve melhorar.
Se caluniamos alguém, não aceitamos isso. Se machucamos alguém, claro que foi sem querer. Para tudo nos desculpamos interiormente.
Então, queridos amigos, cortar pé e mão, arrancar olho, só vai nos levar à revolta porque não entendemos ainda que os erros estão em nós.
É necessário olhar e se enxergar.
Aceitar a sua dependência é o princípio da cura. Esse é o grande problema: Aceitar a sua imperfeição. Não o nariz grande e torto.
Não é este o defeito. O defeito é da alma. Homicídios, roubos, grandes crimes, às vezes até temos uma vontadezinha de matar alguém, mas logo afastamos a ideia. Ela não surte efeito em nós. Mas, a vontadezinha de falar mal dos outros, essa a gente não põe freio. A gente dá vazão.
Quando chega mais um para aumentar a rodinha, melhor ainda. Apontar o erro dos outros sabemos fazer bem.
Amigos espíritas, vamos fazer a nossa revista íntima antes de dormir. Pelo menos neste dia, fazer como Santo Agostinho fazia. Olhar para nós, sem testemunhas, sem vergonhas, e admitir o que fizemos de errado. O que não gostaríamos que alguém tivesse feito conosco.
Este é o ponto de partida. Então, não será mais preciso arrancar pé, mão e olho, porque nós mesmos estaremos impondo um limite às nossas más tendências.
Este sim é o Espírita verdadeiro. Que não se compraz com seus defeitos, ao contrário, se desgosta deles e procura modificá-los, tornando-se uma pessoa de bem, melhor, para si e para os outros.
A receita é básica – conhecer-se.
Muita paz.