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Tema: ESE cap. 6 : 1 a 2 = O jugo Leve - Palestrante: Ricardo Andrade

Reunião Pública de 5ª. feira – Dia 08/11/2018

Graças a Deus!


Temos vivido até agora como crianças que se sujam desnecessariamente. Trocamos a roupa suja por roupa limpa e tornamos a sujá-la. Não adiantam os conselhos, advertências, até ameaças. Continuamos a sujar as roupas, que vamos amontoando ao lado, aguardando que sejam lavadas, limpas. Por enquanto não nos incomodam. Vão ficando ao lado.


Chega o momento em que finalmente começamos a aprender a executar as atividades do dia sem sujar tanta roupa. Começamos a ser mais cuidadosos, zelosos e conseguimos cumprir as tarefas, as obrigações, sem tanto dano às roupas que vestimos.


A pilha de roupa suja continua ao lado, necessitando de cuidados. Nós, que começamos a apreciar a roupa limpa começamos a ficar incomodados com a pilha de roupa suja. Até o momento em que nos dispomos a lavar a roupa suja.


E começamos... Não estamos acostumados. Cansa. Dá trabalho. Exaure as nossas forças. Gostaríamos de estar em outras atividades, menos penosas. Nos divertimentos. Mas, estamos lavando roupa.


A nossa consciência, o dever a cumprir, não nos permite mais deixar a pilha de lado. Ficamos desassossegados até esgotarmos a pilha de roupa suja e assim nos libertarmos daquele incômodo.


Agora que já não sujamos as roupas desastradamente, vamos vivendo com roupa limpa.


Essa figura serve para nos mostrar que nas nossas encarnações anteriores temos feito máculas em nossa roupa espiritual, no nosso perispírito.


Temos desgaste, sujeiras, fedor, rasgos. Temos de tudo. Na nossa inconsequência, na nossa febril excitação de gozar, as vezes até de aprender, vamos nos sujando.


A cada reencarnação temos um corpo novo e novamente não ouvimos os conselhos e continuamos a praticar erros, a tomar decisões em desarmonia com as leis de Deus. Novamente mais sujeira no nosso perispírito.


Finalmente, chegamos ao momento atual, de transição, onde estamos sendo mais cuidadosos, ouvindo e prestando atenção nos conselhos e orientações e não estamos sujando tanta roupa nesta encarnação.


Mas a pilha está lá. No nosso perispírito a sujeira se amontoou. Só tem um jeito da sujeira sair. Só tem um jeito de limpar o perispírito. É transferindo estas manchas para o corpo físico. Aí começam as dificuldades, as dores, os sofrimentos. Aí começam os pedidos de ajuda, de socorro.


Para alguns é o momento da revolta. Afinal está fazendo tudo certo! Porque isso agora? Isso agora é a pilha de roupa suja reclamando lavagem.


Não teremos paz nem felicidade enquanto não limparmos toda sujeira acumulada em nosso perispírito. Devagar, um pouco em cada encarnação, ou um descarrego mais forte em uma encarnação. A opção é nossa.


O certo é que nós criamos a pilha de roupa suja e nós vamos lavar a roupa suja. Não é justo que o vizinho faça isso. Não é justo que a nossa mãe faça isso, ou o nosso irmão.


A pilha é nossa. A tarefa também.


Meus amigos, a boa notícia é que Jesus nos abençoa sempre. A resignação, a boa vontade no cumprimento da nossa obrigação nos alivia muito das cargas, quando ainda assim, carregando a nossa cruz, tivermos boa vontade para com o próximo, tivermos um gesto de bondade para alguém, apesar da nossa sujeira.

 

Essa é a misericórdia divina: todos nós podemos fazer caridade. E a caridade limpa muita mancha do nosso perispírito.


Não exatamente pela dor, pelo amor, podemos nos redimir. Se não estamos gostando da dor de lavar tanta roupa suja podemos optar pelo amor. Podemos fazer o bem. Podemos amar. Podemos executar os planos de Deus nesta Terra: uns pelos outros e Deus por todos nós. A opção é nossa. Jesus, nosso mestre querido, nosso amado mestre espiritual nos orienta o caminho da resignação, da conformação, mas também das bem-aventuranças, da alegria de estarmos resgatando tantos erros. Por estarmos finalmente no caminho certo, aprendendo a não sujar tanta roupa e ao mesmo tempo aprendendo a lavar tanta roupa. Divina misericórdia.

 

Meus amigos, o Natal se aproxima. É tempo de paz na Terra. Busquemos a solução dos nossos problemas não na multiplicação das nossas dores, mas na semeadura do amor e da paz para quantos pudermos alcançar.


Muita paz.

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