Tema: LE 237 a 256 – Considerações sobre reencarnações Palestrante: Sheila Lopes
Reunião Pública Domingo – Dia 25/11/2018
Graças a Deus!
Penso, logo existo! Poderíamos dizer: Penso, logo percebo!
Para pensarmos, refletirmos é necessário ter algo a ser pensado, que buscamos ao nosso redor. Aí entramos na questão de hoje: Perceber o que está ao nosso redor.
O Universo inteiro está ao nosso redor. Mas, nós não alcançamos isso tudo. Não temos como trabalhar isso tudo com o pensamento. Vamos fazendo as nossas experiências, treinando o nosso pensamento nas coisas mais próximas e contundentes. Aquelas que nos agridem em primeiro lugar.
Então, penso naquilo que me faz oposição, que me impede a passagem, penso naquilo que me faz sensação desagradável: calor, frio, fome, e por aí em diante.
Percebo o Universo, que é imenso, em pequenas coisas, que são percebidas pelas sensações que me trazem, através dos sentidos do corpo físico, que são levadas ao cérebro e do cérebro passadas ao Espírito.
Quando estamos desencarnados não temos o corpo físico como este agente sensório, para transmitir a atuação da matéria, e vamos sentir através do perispírito, nosso corpo espiritual.
Aí começam os problemas, porque nosso corpo espiritual sente por todo ele.
Quando estamos no corpo físico e uma luz me chama atenção, essa informação é passada pelos órgãos da visão para o cérebro e do cérebro para o Espírito.
Esse mesmo exemplo, no caso do desencarnado, não tem os olhos da visão situados em uma pequena região do corpo. Ele vê por todo o corpo. Isso amplia a percepção. Amplia a sensação causada. Daí as torturas que acontecem após a perda do corpo físico pelas coisas não solucionadas. Por exemplo, o vício da bebida. Não há mais corpo para satisfazer o vício. Não é somente algumas regiões do corpo a exigir a bebida. É o corpo inteiro. A tortura é muito maior.
É melhor enfrentarmos com disposição esse desafio de corrigir um vício enquanto estamos encarnados, que temos o auxílio do corpo físico, tornando mais fácil a empreitada.
Ao desencarnar tudo ganha amplitude, fica maior, mais forte. O Espírito continua a perceber o Universo ao seu redor, que é infinito, conforme o seu interesse, conforme o seu objetivo.
Do mesmo modo que caminhamos por uma calçada, prestando atenção a uma vitrine e não vemos o buraco na calçada. O buraco estava ali. Nós estivemos com o buraco sob o alcance da nossa visão, mas não nos interessava o buraco. Interessava a vitrine. Vimos o buraco, mas não percebemos o buraco.
Assim também com os Espíritos. Eles vão perceber o que interessa, apesar do Universo estar aberto à sua frente. Vão ouvir o que interessa, apesar de terem muitas possibilidades.
Conforme o seu grau de lucidez, de desmaterialização, de avanço intelectual e moral, mais se amplia a condição de perceber o Universo. De dar conta de trabalhar com tanta informação.
Para um Espírito inferiorizado, ligado às coisas da matéria, a diferença vai ser pouca, de quando ele estava no corpo ou fora dele. Mas, para um Espírito melhorado a diferença é grande.
O corpo é um limitador das percepções do Espírito. Livre ele se transporta. Ele alcança com o entendimento, com a percepção, camadas imensas do Universo.
Será bom quando formos destes. Por enquanto somos dos que caem no buraco da calçada. Ainda limitamos em pequenas coisas a nossa percepção.
Meus amigos, estamos a caminho. Já conquistamos uma grande bagagem. Já sabemos o bastante para acelerarmos a nosso progresso.
E agora? Quantas vezes vou cair no buraco da calçada? Vou ficar atento, esperto, lúcido, até não cair mais no buraco da calçada, que estava lá e eu desviei a minha atenção. Podendo ver, não vi. Podendo enxergar, não olhei. A consequência acontece, até aprendermos a dar conta de todas as percepções das quais somos passíveis de desenvolver.
Fiquemos em paz.
Graças a Deus.