Tema: LE 919 - Conhecimento de si mesmo - Palestrante: Marilda
Reunião Pública Domingo – Dia 26/11/2017
Graças a Deus.
Graças a Deus que os homens não têm visão de raio X, capazes de enxergar o nosso verdadeiro ser.
Graças a Deus que andamos, lá fora, fingindo, e os homens acreditam.
Graças a Deus eles não tem mediunidade para nos enxergar tal qual somos.
Vestimos a ilusão, incorporamos fachadas e andamos, lá fora, como se fôssemos o personagem que queremos ser.
Pagamos altos tributos para termos aquele cabelo lindo, até sacrificamos o orçamento do mês no cabelereiro.
Sacrificamos até a nossa saúde para termos o corpo magro, renunciando à alimentação saudável. Uma tortura!
Fazemos isso em nome da ilusão.
Graças a Deus que ninguém sabe, que ninguém vê que é tudo fachada.
Ocorre que, quando chegamos na Casa Espírita, trazemos o vício de falsificar a nossa personalidade. Só que aqui, os espíritos nos vêm, exatamente, como somos. Às vezes até se riem da infantilidade de tentar parecer o que não somos. Eles sabem o quanto sofremos com isso. O quanto é doloroso fingir ser o que não somos.
Eles nos acolhem, vão solicitamente, passando as mensagens, semanalmente, sem grande necessidade de testemunhos. Suavemente as ideias vão penetrando o nosso ser e vamos começando a abolir determinados sacrifícios, lá fora, em nome de nada.
Passamos a entender o que é o nada.
Começamos a nos entender melhor e a perceber nossa necessidade de afeto e por isso tentamos ser pessoas nota 10, lá fora, para recebermos elogios, atrair atenções.
Os espíritos nos vêm e sabem todos os artifícios que usamos para nos equilibrar e prosseguir.
Aqui, na Casa Espírita, precisamos buscar ser um espírito virtuoso, um homem de bem, que começa pela sinceridade. Exatamente a sinceridade que Santo Agostinho nos pede ao respondermos ao seu questionário noturno.
Se respondermos aquelas questões falseando a verdade, de nada nos adiantará. Enquanto estivermos priorizando as fachadas, as nossas respostas serão mentirosas, serão desculpas para não vermos a nossa real condição.
A primeira necessidade que temos é de sinceridade com o que somos, mas principalmente com o que queremos vir aser. O que queremos de nós?
Queremos ser lá fora um ponto de atenção ou queremos ser dignos da assistência dos amigos espirituais? Temos que decidir. É uma questão vital, básica para o nosso existir.
Afinal até quando tentaremos acomodar o homem lá fora com o homem daqui de dentro?
Uma dualidade que nos faz sofrer, que nos faz, algumas vezes, desistir do Centro Espírita.
Meus amigos, ser espírita é ser sincero, é ser honesto, é ser leal consigo mesmo, e primeiro lugar. Nenhum espírito vai te acusar de nada. Quem vai te acusar é o teu próprio juízo.
Jesus aceitou Madalena, a pecadora, pela sua sinceridade ao se converter, ao abandonar a vida desregrada que vinha levando e que Jesus conhecia bastante.
Jesus não a censurou. Jesus a acolheu e a conduziu ao caminho da remissão. Assim somos nós. Vamos usar de sinceridade com os nossos propósitos.
O que queremos da vida? Esta é a questão.
Muita paz.