Tema: ESE cap. 23: 7 a 8 - Deixar os mortos enterrar os mortos - Palestrante: Roberto Dutra
Reunião Pública de 5ª.feira – Dia 01/06/2017
Graças a Deus!
Quando ocorre o desencarne de alguém conhecido, próximo, é natural que a tristeza se sobreponha. É natural que a saudade chegue, pela ausência física da pessoa querida.
Pelo lado material o trabalho termina com o sepultamento do corpo. Todos retornam às suas vidas e seus afazeres.
Pelo lado espiritual o trabalho está em andamento. Já se iniciou antes da morte do corpo e se prolonga depois do sepultamento.
Então, “deixai aos mortos o cuidado de enterrar os mortos”. Os mortos são os desencarnados. Trabalhadores, técnicos especializados em desligamento que vão atuar nos primeiros momentos do retorno daquele espirito recém liberto.
Este período de transição, da vida corpórea para o retorno à vida espiritual, é acompanhado por agentes bastante capazes para dar prosseguimento às necessidades daquele espírito que retorna, assistência com conselhos, respostas. O trabalho é dos desencarnados. Cabe a eles adaptar esse espírito que volta na sua vida verdadeira, que é a vida do espírito.
Esse trabalho se prolonga no tempo. Não é rápido, não é apressado. É cuidadoso, é detalhado e somente se dará por encerrado algum tempo depois da morte física, quando este espírito voltar a raciocinar pela ótica espiritual. Quando perder o vício de raciocinar como homem encarnado.
Aí sim, o trabalho da equipe de desencarne está encerrado. Esse espírito se adaptou, assumiu a sua vida espiritual e vai dar prosseguimento a ela, conforme as suas possibilidades.
Quanto dura este trabalho? Absolutamente variável, individual. Para alguns, pouquinho tempo. Para muitos, bastante tempo. Não importa o tempo, importa o conhecimento, importa o mérito, importa a permissão de Deus para que o trabalho seja feito.
Mas, sempre estaremos assistidos por estes espíritos amigos, desejosos de ajudar o desencarnante. Muitas vezes o trabalho envolve todo um grupo familiar, não só o espírito desencarnante, mas aqueles que ficam e que o chamam, o atraem, o algemam à vida que acaba de deixar.
Muitas vezes a equipe de desencarne precisará interferir para que cesse este tormento em cima do desencarnante, que já leva as suas dificuldades naturais a serem vencidas, sem necessidade de acréscimos.
Amigos espíritas, desencarnar não é fácil. Cabe aos que ficam facilitar ao desencarnante tudo que for possível, com pensamentos felizes. Com saudades, sim, mas enviando vibrações de encorajamento para a adaptação a uma nova vida. Resignar-se, ter paciência para aguardar o reencontro, que acontecerá um dia.
Enquanto aguarda, que se trabalhe pela memória daquele que se foi com amor, com dedicação, com paz, fazendo feliz a sua memória e não um peso a ser carregado vida afora.
Por tudo que sabemos através do Espiritismo podemos ter uma postura coerente frente a morte.
Sejamos fortes, corajosos, para sermos espíritas em todos os momentos, até neste transe final de uma existência.
Muita paz.
Graças a Deus.