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Tema: ESE cap. 5 : 26 = Provas voluntárias - Palestrante: Sr. Batista

Reunião Pública de 5ª. feira – Dia 20/09/2018

Graças a Deus!


Normalmente encontramos, nas várias religiões, uma classificação entre os seus seguidores, que podemos dizer ser um triângulo.


Na base do triângulo encontramos os fiéis que buscam a caridade sem dor.


São capazes de dar um sapato velho porque compraram um sapato novo e não cabem os dois no armário.


São capazes de dar uma roupa porque é dois manequins abaixo do seu.


São capazes de dar o vestido porque saiu de moda.


A caridade indolor. Absolutamente inócua. Talvez o nome não seja caridade. Mas, já é um ensaio. Estamos exercitando um desprendimento, mesmo que seja em relação a um bem para o qual não há apego.


Esta é a base do triângulo.


Um pouco mais acima encontramos os devotos, de todos os credos, que já são capazes de dispor de algum tempo, algumesforço, físico ou intelectual, motivados pelo interesse pessoal.


São capazes de fazer a Evangelização porque precisam dos favores dos mentores da Casa religiosa da qual participam. São capazes de vir e realizar a tarefa com bom desempenho e aproveitamento.


Mas, não olham com amor a atividade que desenvolvem. Não olham com amor para as crianças, jovens. Olham o que vai lhes render esta atividade.


É a caridade interesseira, mas já é a caridade. Está fazendo um exercício, está se acostumando com a ideia, frequentando a Casa.


Lá no topo do triângulo encontramos aqueles que fazem a caridade com sacrifício, às vezes da própria saúde, da própria vida. Fazem por amor. Essa é a caridade verdadeira. Esse é o cilício abençoado por Deus.


Podemos dar como exemplo o próprio codificador do Espiritismo, Allan Kardec, o professor Rivail que, avertido pelos amigos espirituais sobre a fragilidade da sua saúde, enfrentando um excesso de trabalho para dar conta das raízes do Espiritismo, da qual ele era o missionário, mesmo assim, por amor ao ideal, à causa, não diminuiu o ritmo de trabalho, achando que se preciso fosse daria a vida pela Doutrina dos Espíritos.


E foi o que aconteceu, com o rompimento de um aneurisma, encaixotando livros para a mudança de endereço.


Doou, não só o seu tempo, inteligência, como a própria vida. Sacrificou-se para que a Doutrina do Espíritos nos chegasse tal qual a temos hoje.


Essa é a ponta do nosso triângulo. Poucos se encontram lá.


Podemos contar nos dedos os exemplos, porque tornaram-se notórios.


Meus amigos, somos uma pluralidade de sentimentos, emoções. Dependendo da motivação, somos capazes de grandes feitos.

 

Mas, logo voltamos à nossa linha de vibração habitual, de receber favores e não de fazer favores.


Vamos analisar melhor o que somos. Com muita clareza analisar o que vamos encontrar.


Temos feito a caridade? Podemos trocar a pergunta. O que temos feito como caridade?


Graças a Deus, temos vigor físico, temos tempo, temos Doutrina Espírita, temos mentores e amigos espirituais que nos auxiliarão a encontrar as respostas e promover as mudanças necessárias. Porque, com certeza, podemos mais. Com certeza, podemos muito mais.


Vamos lembrar que, ao nos depararmos com os nossos mentores, e analisarmos o que fizemos de bom e de bem, vamos dizer que fizemos a caridade indolor, a caridade por interesse ou fizemos a caridade por amor?


Muita paz.

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